“minhas credenciais para estar explorando este mundo que estou não são o que fiz, e sim o que estou questionando, onde estou disposto a ir, as verdades que estou explorando, as interseções de aprendizados que estou me aprofundado e, finalmente, o valor que estou gerando.”
Tenho uma formação boa, em faculdade de ponta, escola bilingue, educação internacional, seguido de trabalho em diversos segmentos de investimentos, esportes a empreendedorismo. Isso me da embasamento para a vida, me da conhecimento, porém por muito tempo fiquei refém dessas realizações acadêmicas e profissionais para construir quem eu era. Toda minha vida era essa jornada pre-estabelecida e com um futuro muito claro.
Se não tivesse passado por momentos de extrema baixa como passei, provavelmente o caminho tradicional e inquestionável seria a história da minha vida. Mas em um desses momentos de dificuldade eu acordei – eu percebi que estava tudo errado – eu percebi que isso não estava gerando valor – que este não era o verdadeiro Rafael.
Quem era o verdadeiro Rafael?
Não sei.
Um banho de água gelada, um desespero, entender que eu não sabia quem eu era, eu não sabia o que eu queria.
As cenourinhas do mundo profissional eram muito reais na minha realidade – mas não eram as minhas cenouras. Eu não era aquela pessoa. Eu estava ansioso, frustrado, insatisfeito. Eu buscava fatores externos para preencher os meus vácuos – seja na conquista profissional, nos exageros, nos esportes radicais ou no simples exagero do café, noite, álcool ou que for.
Todos fatores externos são mecanismos para preencher o vazio interno do direcionamento incompatível e desalinhado com a realidade.
E isto mesmo que este direcionamento fosse externamente vangloriado pela sociedade e demonstrado em conquistas através de realizações concretas e, claro, dinheiro. Mas elas não eram conquista pra mim.
Eu não sabia disso. Eu era uma vitima do caminho esperado de mim; vitima do sucesso externo.
Portanto a relevância de nossas vidas, as nossas credenciais, estão nas coisas que vivemos, nas verdades que questionamos, nos medos que enfrentamos, nas pre-concepções que desafiamos, nos assuntos que nos aprofundamos, nas pessoas que amamos, no valor que geramos, na energia que carregamos, nos aprofundamentos intelectuais que encontramos, nas experiências que amamos e não nos apegamos, no dia a dia que encontramos, nos hábitos que dominamos e, crucial, na nossa vida que mandamos.
Você mede suas credenciais em diplomas e realizações profissionais? Ou estas são meras consequências da sua satisfação interna? Satisfação interna que permita que você seja mais produtivo e realizador no mundo profissional?
Dito isto, minhas credenciais para estar explorando este mundo que estou não são o que fiz, e sim o que estou questionando, onde estou disposto a ir, as verdades que estou explorando, as interseções de aprendizados que estou me aprofundado e, finalmente, o valor que estou gerando.