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rafahansen

Interpretando e desmistificando o mundo (e nossa psique)

Dia off

Tenho a quarta feira “off” [do mundo hiperconectado].

Dia “on” comigo.

É o meu dia de criatividade, flow, escrever, desconectar e pensar profundamente.

Dia de conectar com atividades que induzam o flow e a conexão com o momento presente – intercalando duas coisas:

movimento fisico; que me botam em um estado mental apurado e de maior perspectiva macro-

com sessões de profundidade cognitiva; que me permitem aproveitar o estado mental apurado para fazer progresso nas grandes questões que estou enfrentando no momento.

Para implementar este, temos dois passos cruciais:

Estabeleça UM objetivo específico para esse dia, mais outros objetivos periféricos se sobrar tempo.

  • Neste vou levar uma nota com decisões importantes que tenho pra fazer. Assuntos que quero escrever. Conceitos que quero explorar. Estratégia e visão que quero desenvolver. Problemas que preciso solucionar. Texto reflexivo que quero ler. Alinhamento geral e reflexão. Trabalhos criativos que me inspirarem no dia. Não todos estes, claro, mas alguns destes.

  • Na prática, eu escrevo os assuntos num bloco de notas (QUARTA OFF) que fica fixo no topo do meu bloco de notas, ou poderia ser uma pasta de to-do, ou poderia ir escrevendo diretamente no compromisso que tenho na agenda, nos detalhes (exemplos no final do texto) .

Quebre os padrões neuronais do dia a dia;

  • Para tal, é crucial sair da rotina, e até do local fisico onde voce tem a rotina. Sair do modus operandi. Ao sair, preferencialmente com movimento (bike, caminhada, carro) tambem quebramos os nossos modelos de pensamentos- temos insights fruto dos novos inputs de estímulos diferentes.

  • Ao sair, ficamos menos tentados a volta ao modus operandi comum; checar e responder email, responder Whatsapp sem parar, pensar dentro do quadrado para fazer progresso dentro do quadrado..

  • Estabeleça UM objetivo específico para esse dia, mais outros objetivos periféricos se sobrar tempo.

O objetivo, na otimização da rotina, é operar no dia a dia dentro de um modus operandi pré definido, com sistemas que otimizem o trabalho e regras que facilitem darmos foco ao essencial em direção ao objetivo – porém, de tempos em tempos (quartas feiras no meu caso) eu tenho um sistema para sair do meu sistema e trazer uma perspectiva macro.

Então o que falta na vida para um grande avanço, um estalo de insight, não é hora trabalhada, é perspectiva.

Uma decisão muito bem acertada pode poupar mil horas de resolução de problemas da decisão errada.

Uma visão inovadora pode ser o que faltava para levar sua empresa do “ok” para o excepcional.

Uma eliminação precisa na vida pode evitar centenas de horas de otimização para o inútil.

Portanto, de tempos em tempos, temos que checar o mapa antes de continuar acelerando.


Você já fez uma viagem e ficou cheio de ideias e perspectivas diferentes? Aposto que você sentiu isso, mas não teve tempo para realmente desenvolver quase nada, pois na viagem você está ocupado, cheio de programas, tentando curtir ao máximo aquele momento e, quando você volta para a rotina, você volta para a rotina…

Então minha sugestão é você aplicar esse mesmo racional; sair da rotina para permitir que esses insights venham a cabeça, mas tendo o tempo e mindset para cruzar estes com as grandes perguntas que você tem na cabeça.

Para funcionar, combine isso com sua equipe, sócio, subordinado, familia…

Se você estiver no topo da sua cadeia hierárquica, comece testando você sozinho. Você vai sentir os benefícios e aos poucos vai incentivando a equipe a fazer o mesmo.

Com seu chefe, veja se existe essa possibilidade;

De primeira ele vai dizer não, mas forneça a ele os argumentos de que isso poderia aumentar muito sua produtividade e capacidade de resolução de problemas, tendo em vista que voce terá uma perspectiva bem melhor que antes.

Depois, quando ele começar a ficar em dúvida, sugira um prazo de um mês de teste.

É até possível que em 6 meses a empresa toda esteja fazendo! Incentive ele a fazer o mesmo. E por aí em diante.


Os argumentos e fontes a seguir, do ChatGPT, são da implementação de 4 dias de trabalho – e estes já mostram o aumento de produtividade. Mas o que estou sugerindo é ainda melhor; estamos dando um dia para obter uma visão macro e com maior perspectiva.

ChatGPT:
Aqui estão cinco links que fornecem evidências e argumentos para convencer seu chefe da eficácia de uma semana de trabalho de quatro dias, mostrando como isso pode aumentar a produtividade:

  1. Forbes Brasil destaca um estudo realizado pelas Universidades de Boston, de Dublin e de Cambridge, mostrando que mais de duas dúzias de empresas que adotaram a semana de trabalho de quatro dias tiveram aumento nas vendas, menos burnout e menor ociosidade de seus funcionários. As empresas registraram um crescimento de 8% em suas receitas durante o período do estudo.
  2. IFractal relata que, segundo dados da Day Week Global, 78% dos colaboradores que trabalham quatro dias por semana são mais felizes e menos estressados, resultando em uma equipe mais produtiva, focada e engajada com a empresa. A adoção dessa jornada também contribui para um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, diminuição do estresse, preservação da saúde física e mental, e redução do consumo de energia elétrica.
  3. Globalization Partners cita exemplos de empresas influentes que adotaram a semana de trabalho de quatro dias, incluindo a Microsoft, que viu um aumento de 39,9% na produtividade. A adoção da jornada reduzida também está associada a maior engajamento dos funcionários, melhor saúde mental e bem-estar, além de taxas de retenção melhoradas.
  4. Bene.com.vc explora diferentes cenários para a implementação de uma semana de trabalho de quatro dias, destacando as vantagens de não alterar a remuneração nem o horário de trabalho nos outros dias. A legislação brasileira permite a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva, sem necessariamente reduzir a remuneração proporcionalmente.
  5. StartSe compartilha o exemplo da startup Winnin, que adotou a semana de trabalho de quatro dias e observou um aumento de 41,9% na atenção à saúde mental e física, lazer, amigos e família. A mudança também promoveu um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional e aumentou o sentimento de propósito, pertencimento e orgulho em relação à empresa.

Estes exemplos e estudos fornecem evidências sólidas de que a adoção de uma semana de trabalho de quatro dias pode ser benéfica tanto para os funcionários quanto para as empresas, aumentando a produtividade, reduzindo o burnout e melhorando a satisfação no trabalho.

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LIFESTYLE DE FLOW. UM MANIFESTO DE VIDA.

Como um surfista sobrevive uma onda de 30 metros?

Como um snowboarder consegue desviar de uma pedra que apareceu a menos de um metro a sua frente?

Como um músico faz uma improvisação brilhante no jazz?

Como um cantor de hip hop faz um freestyle genial?

Como um executivo pensa e toma uma decisão que muda a perspectiva da sua empresa?

Como um investidor passa horas juntando dados de uma empresa e seu segmento e, “do nada”, tem um insight que valida ou invalida a tese?

Como um escritor rompe a barreira da criação, e escreve algo brilhante?

Como um psicólogo se conecta profundamente com um paciente e o faz ter um insight transformador?

Como um médico consegue fazer uma cirurgia complexa, de altíssimo risco, e ter sucesso?

Como uma criança fica horas focada no lego ou, sendo mais moderno, no video game?

Como uma equipe de forças especiais do exército entra em uma zona de extremo perigo, em silêncio, sem se comunicar, e todos conseguem prever o próximo movimento do seu colega?

Como um casal se conecta de forma única e mágica no meu momento de intimidade?

Como a plateia de um show de rock se conecta sincronizando os movimentos, se tornando um único organismo?

flow.

Todos estes estão completamente focados na tarefa em questão. Todos conseguiram atingir um estado mental elevado para direcionar toda a atenção para a atividade.

O que é flow?

Flow acontece quando estamos tão imersos em uma atividade, atividade difícil – no limite de nossa capacidade atual – que exige foco extremo, zero distrações, mindset sincronizado, capacidade cognitiva livre, espaço fisico propício e profundidade intelectual para conseguir se conectar por completo com tarefa e expandir o conhecimento.

Nesse momento, passamos por uma experiência mágica, diria até que transcendental. 

Ouso dizer que flow é a única forma de operarmos com o total potencial que temos. E expandir este limite.

Isso acontece pois nosso corpo, precisando de muita energia focada para resolver ou se conectar com a atividade, desativa o funcionamento de partes não essenciais naquele momento, o que nos faz ganhar uma capacidade mental elevada, profunda, livre de limitadores e extremamente rápida. 

Nada mais importa.

Ou, no caso de flow coletivo, uma energia tão forte de conexão com o ambiente e as outras pessoas, que nos conectamos integralmente com a atividade.

Como isso acontece? 

O estado mental elevado do flow se torna possível a partir do momento que o cérebro reduz a atividade do cortex pre-frontalSeu ego. O corpo reduz drasticamente a atividade do ego para direcionar toda a energia para a tarefa em mãos.

O que não é essencial pode parar.

Então com uma energia direcionada aumentada, e o ego diminuído, você para de se preocupar. PRÉ-OCUPAR.

Não importa:

o que os outros vão achar
o erro que você cometeu anteriormente
os anseios do futuro
a tarefa que está atrasada
o medo e risco de errar
a incerteza de criar

E, nesse estado, onde o tempo não importa mais – melhor- ele deixa de ser algo presente, ao mesmo tempo que o tempo passa em câmera lenta, você possibilita que o cérebro faça sinapses como ele nunca fez antes.

Você tem total motivação, conexão com a atividade, e o cérebro está conectando diversas informações de suas diversas experiências, vivências, aprendizados, erros e acertos, e está tomando as decisões inconscientemente – basta você ouvir o que sua voz interior está ditando. 

Isso são as sinapses: informação circulando a 431 km por hora dentro do cérebro, fazendo todas essas conexões acontecerem.

Vou dar um exemplo no mundo dos esportes radicais para fazer mais sentido.

Esse conhecimento também é replicável nas atividades cognitivas e criativas, claro – flow é utilizado por atletas radicais de alta performance, a grandes executivos e criadores, para ficarem na ponta do conhecimento e performance nas suas areas. Ou, no caso do primeiro grupo, simplesmente para sobreviver.

Em um momento de vida ou morte, surfando uma onda gigante ou fazendo um downhill de mountain bike, a pior coisa que você pode fazer é ter medo, ter receios, se arrepender. 

Isso resultará em morte. 

Então o cérebro, como mecanismo de sobrevivência, como se estivesse em estado de “choque controlado”, desativa todo o funcionamento do ego (cortex pre-frontal), não só para tirar o medo da frente, mas principalmente para poder direcionar toda a energia para o inconsciente tomar a decisão o mais rápido possível. 

Em outras palavras, não adianta você pensar em um downhill de snowboard, ao ver uma pedra a 1 metro na sua frente, se você tomou a decisão certa de ter ido esquiar, de ter medo, de entrar em pânico – pois todos estes resultariam em morte. 

Então o corpo, já carregado de adrenalina, inconscientemente te direciona para pegar a direita e assim esquivar da pedra no último centímetro – basta ouvir a “pequena voz” que vem na cabeça. 

Ou seja, essa habilidade existe dentro de você. Mas obviamente se você fizer isso sem nenhum preparo, você provavelmente vai sim entrar em pânico e ir de cara na pedra.

Então, próximo ponto: essa é uma habilidade que precisa estar parcialmente na sua zona de competência, mas bem no limite dela; no ponto onde você está minimamente confortável mas fazendo progresso (desconforto com fluidez).

Vamos expandir nesse ponto através do:

Video games e aplicativos.

Os melhores video games e aplicativos são desenvolvidos com especialistas em neurociência e flow. Que precisam fazer o jogo ser difícil mas não impossível para sua competência.

Se for muito fácil, você para de jogar. Muito difícil, também.

O jogo tambem precisa ter um aspecto de imprevisibilidade. Assim como o atleta de snowboard não sabia da pedra, o jogo vai trazer uma surpresa, para sempre ter algo inesperado e novo. Mas também dentro dos seus limites; nem muito pouco (chato) nem demais (sem nexo).

Email e redes sociais funcionam com essa mesma dinâmica; você fica ansioso para abrir o aplicativo pois está aguardando a próxima “surpresa”. Você libera dopamina só de pensar no uso do app. Seu flerte pode ter respondido. Seu chefe pode ter te promovido – ou demitido. Novidade sempre tem. 

Flow na Rotina

Não estou falando desse assunto para incentivar os esportes radicais ou video game (mas estes tem seus benefícios). Estou falando desse assunto pois essa é uma ferramenta que é necessária para estar na ponta do conhecimento na sua área e trazer inovações reais

Eu aprendi flow nos esportes radicais, sem saber do termo, apenas conhecendo muito bem o sentimento de total conexão com a natureza e o universo. Pode ter certeza que ao descer uma montanha de ski a 80 km/h, a última coisa que você está pensando é na conta pra pagar! 

Depois aprendi que algumas atividades na minha rotina também traziam sentimentos e estado mental similar; mas com um senso de avanço intelectual e profissional, e não apenas curtição em prol do bem estar ou “meditação” – como considero os esportes que me levam pra “zona” [de flow].

Então fui entendendo que essas atividades eram mais propícias para induzirem o flow. Como escrever, criar conteúdo, pensar sobre estratégia, desenhar soluções com papel e caneta, tirar e editar foto e video, e até formular um memorandum de investimento, que retrata a oportunidade de investimento e as possibilidades de futuro baseado na minha visão.

Pense, qual é aquela atividade que você fica completamento imerso, sem pensar nos problemas, sem perceber o tempo passar – onde o “tempo” deixa de ser um fator, onde as informações se conectam com a maior FLUIDEZ possível?

Foi nesse estágio que comecei a buscar entender a neurociência por trás deste para saciar minha curiosidade e, principalmente, para viver o máximo possível dentro da “zona” [de flow].

Recentemente me inscrevi no principal curso do mundo da neurociência do flow. Do mestre Steven Kotler, na sua empresa, Flow Genome, que já acompanhou até o trabalho de flow do Navy SEALS, forças especial da marinha americana, onde cada soldado chega a custar 2 milhões de dólares de treino.

E o trabalho dentro do Google, que utliza diversos equipamentos de biohacking e indutores de flow para possibilitar que seus funcionários operem em altíssimo nível, assim como os Navy SEALS.

Esse conhecimento me levou a fazer diversas transformações na minha vida; mudando desde a minha rotina até os meus objetivos que carregava há anos. 

Nenhum objetivo poderia trazer um resultado bom o suficiente no futuro se não houvesse flow no presente.

Ganhar uma quantia financeira exorbitante em 10 anos sem flow não compensariam ficar esse tempo todo sem entrar nesse estado mental onde tudo faz sentido, tudo se conecta. Onde qualquer resposta pode ser encontrada. Onde sou o meu melhor. 

É como um mix de drogas e energia que estão te impulsionando para frente, e não para trás como as drogas. 

E com essa realização eu saí de um mundo de executivo com responsabilidades operacionais demasiadas e, com sentimentos mistos, da alta performance no triathlon(1); estes não são propícios ao flow. É possível. Mas é raro e mais difícil. Então deixou de fazer sentido. 

Com isso voltei a escrever. Voltei aos esportes radicais. Voltei a criar conteúdo. Voltei a estudar e me aprofundar em assuntos complexos que provocam e estimulam minha capacidade intelectual e curiosidade. Voltei a um mundo de investimentos que requer mais visão e estratégia do que operação de rotina e ser babá de adulto.

Voltei a otimizar a agenda intercalando tarefas operacionais com tarefas de flow (até o video game pode ter seu espaço). Em inserir na arquitetura do dia atividades que me levam ao flow através do movimento / exercício físico (estou esquiando agora), para depois entrar facilmente em flow na tarefa cognitiva (escrever esse texto). Me energizo e me dreno com esse processo, mas me sinto mais feliz, mais produtivo e mais realizado.

O que mais você quer?

Oportunidade de mercado

Ao abordar o assunto de flow no Brasil e Portugal, através do meu Instagram, percebi que quase ninguém conhecia não só o termo (aceitável se houvesse um outro), mas também o estado mental. Todos ficam extremamente empolgados quando começo a falar do assunto – eu também – criando flow já na conversa!!

Quando não existe uma palavra no vocabulário, é bem mais difícil de se expressar e propagar a atividade. Assim como regimes autoritários proíbem o uso de certas palavras para diminuir as chances de rebeldia e etc., não ter “flow” no nosso dicionário diário faz o estado mental ser muito mais difícil de ser buscado e encontrado. 

Ou ele é buscado através de outras atividades, sem nem mesmo sabermos que o que estamos buscando é, na verdade, o senso de fluidez. Com o uso de drogas por exemplo. Se essa pessoa entender que o que ela está buscando é o sentimento de analgesia, de conexão, sem culpas, sem ego, ela poderia entender que está indo atrás do mesmo estado mental que se tem durante flow. E assim ela poderia buscar este de forma mais “produtivo” para a vida.

Fazendo arte em vez de oxy.

Todos vamos tentar lidar e as vezes camuflar as nossas dores. Sair um pouco do ego, do passado, do futuro, e viver o presente. A habilidade que nós tínhamos como criança de foco total que foi se perdendo ao precisar se enquadrar na sociedade, na realidade, ser um adulto responsável. E aí adequamos desistimos de nossos sonhos, dos nossos momentos de total imersão e conexão.

Não é pra ser assim.

Portanto vi a possibilidade, e até um chamado, de falar desse assunto que é core da minha vida, e ajudar outras pessoas a transformarem suas realidades de conformidade para um altíssimo nível de performance e bem estar. 

É encontrar a mais poderosa ferramenta para atingir os objetivos pessoais e profissionais e precisar, em pouquíssimo tempo, criar um objetivo mais audacioso

O mundo passa de pequeno e limitado, para infinito e mágico.

Flow me faz operar no limite da minha capacidade intelectual. Me faz expandir minha zona de conforto. Me faz me sentir conectado comigo e com o universo. Me faz progredir em qualquer assunto com muito mais rapidez, facilidade e satisfação. 

O que mais te faz sentir dessa forma? 

Cada “sessão” de flow, é uma realização enorme. Cansativo, sim. Mas de total preenchimento. 

Por isso o meu objetivo #1, minha principal prioridade, é buscar flow. Entender todos os mecanismos e neurociência que me ajudem a entender e cultivar esse estado transcendente.

Compartilhar isso com você, é o maior impacto que posso ter no mundo. Você, mais feliz e mais produtivo, operando em alta performance, vai contagiar positivamente todos ao seu redor. 

Pensou na exponencialidade disso? 

Com flow tenho o melhor impacto que posso ter no mundo. E em mim – mas não importa, pois, em flow, eu, você e o mundo somos um. 

Esse foi um texto mais inspiracional, um manifesto, um estilo de vida. Dito que primeiro precisamos ter o objetivo, claro e autentico:

O que você faria com mais energia, senso de conexão, significado e performance em sua vida?

Agora podemos abordar as melhores prática em novos posts.

(1) A corrida, pedal e natação liberam diversos hormônios que nos fazem sentir bem – porém isso não é a mesma coisa de flow, que encontro menor parte tempo no endurance quando comparado com esportes radicais quando se fala de esportes. Assim como o encontro mais em tarefas criativas vs operacionais quando se fala do profissional.

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Objetivos, motivação, triathlon e como viver melhor.

O que aprendi nos últimos 18 meses de triathlon (e como ser mais bem sucedido em qualquer empreitada). Não é o sobre triathlon, é sobre como viver melhor.

Se alguém fala que é um Ironman, você já consegue ter uma ideia da sua capacidade de perseverança, disciplina e dedicação para superar seus objetivos. Portanto isso automaticamente se torna um motivo de orgulho próprio e admiração de terceiros.

Esforço e disciplina = conquista de objetivos difíceis = admiração e realização

Ironman Arizona 2023

Porém isso inevitavelmente vem com o seu custo. O mesmo esforço, que faz a realização ser reconhecida por pessoas que nem sabem direito do que se trata um “ironman” (menor ideia que são 3800m de natação, 180km de bike e uma maratona <42km> pra fechar), também exige uma quantidade de energia enorme do praticante. Se não, claro, por si só não seria um motivo de admiração.

O triathlon, que passa a ser uma adjetivo para o “finisher” (que completou uma prova), passa a ser uma parte relevante de sua vida. Pois não existe alternativa; ou vc moveu universos para conseguir treinar para realizar o objetivo, ou vc não fez. Ponto.

Só para começar, o triathlon já exige um conhecimento amplo sobre diversos assuntos. Desde entender os equipamentos, as regras, a necessidade de suplementação, nutrição, a organização e periodicidade de treino, otimização de rotina, com PHD em recuperação e por aí em diante.

Porém, para quem quer se destacar, ela exige uma obsessão ainda maior com os detalhes.

Um ganho de 1% de performance em um Ironman são mais de 5 minutos de economia na prova. Muitas vezes os 5 minutos são algumas posições de diferença. Cada pequeno detalhe faz a diferença. Desde a posição aerodinâmica que vc fica na bike, o equipamento que você usa, o modo como prepara o equipamento e o carinho geral que você tem, o equipamento que você usa na recuperação, a comida que você come, o pré treino, a suplementação de vitaminas e etc…

Claro que a progressão vai acontecendo aos poucos – e os retornos vão acompanhando estes. No começo eu tinha uma noção básica do equipamento e todo o plano (e fiquei longe do top 10 na categoria), hoje eu entendo grande parte destes com profundidade (e assim já ganhei prova na minha categoria).

Enquanto antes eu deixava minha bike no mecanico para eles montarem antes de uma prova, hoje eu monto ela e passo o lubrificante com a ponta dos dedos para entrar bem na corrente antes de uma prova (quando não estou usando correntes super especiais tratadas a mão).

Em vez de usar a barra padrão, eu uso uma que tenho um pequeno ganho de aerodinâmica. Em vez de usar o rolamento que vem com a bike, eu troquei este por um de cerâmica que gira com maior facilidade, tendo uma micro economia de eficiência.

É importante frisar que eu só fui aprofundando nesses detalhes com o tempo, pois se não seria uma sobrecarga conseguir entender todos os detalhes desde o inicio, e mais importante, pois o objetivo era muito importante pra mim.

Se conquistar pódios e o melhor da minha performance no triathlon não fossem uma prioridade, eu não iria ter paciência para ver os detalhes.

Qualquer grande objetivo tem que ser dividido em pequenas etapas, níveis diferentes. Deve-se começar como um generalista e aos poucos ir se tornando um especialista em cada respectiva area que compõe a jornada até o seu objetivo:

Pense numa cebola. Primeiro você tem que entender qual é 20% do esforço que te dará 80% do conhecimento generalista a respeito do assunto. Depois, para se destacar ou atingir grandes objetivos, você tem que passar dos 80% de conhecimento. Para chegar lá, só se desenvolvendo, aprofundando, em cada respectiva area.

No caso do triathlon, primeiro tive o conhecimento geral; preciso de uma bike, capacete, tenis de correr, alguns suplementos básicos, gel, roupa, escolher uma prova, pegar um técnico, organizar a rotina e etc etc. Depois, com tempo, fui aprofundando nos detalhes da suplementação, nos detalhes da bike, nos detalhes da composição do gel de carboidrato, no detalhe da periodização de treino e por aí em diante.

Fui passando de um generalista para um especialista.

O triathlon me ajudou a ver na pratica a importância e os ganhos possíveis nos pequenos detalhes. Mostrou que a diferença entre a mediocridade e o pódio, mora na sua dedicação como um todo, com capacidade de fazer as perguntas certas para otimizar questões que poucas pessoas pensam a respeito de sua existência.

💡 Então cabe a reflexão de pensar onde realmente queremos ver os detalhes. Qual objetivo é grande o suficiente onde os detalhes mais chatos se tornam dinâmico e divertido.

Essa é formula para o sucesso, no esporte, na profissão ou na vida; grandes objetivos, autênticos, que fazem da jornada um quebra cabeça divertido.

Quando estou empolgado com uma empresa, eu fico vendo planilha de excel como se fosse um video game! Quando estou decidindo um investimento, eu tento viajar e ver como aquilo faz sentido ou não no futuro. Quando tenho uma reunião operacional que eu acho chatíssimo, eu tento me conectar com minha equipe, fazer piadas e enxergar uma tarefa convencional como algo criativo – fazendo perguntas fora da caixa que nos ajudam a sempre melhorar o nosso sistema. A ponto de ser chato (@Ramiro, @Matheus, @Cassia, @Leticia, @Ligia…)

Quando quero o pódio no triathlon, eu que vou montar minha bike – vou botar meu fone de ouvido, um bom hip hop, e me divertir no processo, como se fosse um Lego. Um Lego que vou usar para realizar meus objetivos! (Ou eu poderia pensar; vou montar minha bike pq não tem oficina e última vez mijaram no meu reservatório de água (história real), que saco..

💡 Ou seja – a alternativa é fazer aquilo irritado, sem vontade e… inevitavelmente fazer cagada. É impossível você fazer um trabalho irritando ou vindo de um lugar de raiva, desmotivação ou APATIA, e fazer bem feito. Que por si só já trará satisfação e propósito!

Qual parte do processo você está fazendo sem vontade e prejudicando o resultado pois o objetivo não está em linha com quem você é?

Nesse cenário temos duas opções: a primeira é mudar o mindset, reconectando com o objetivo para trazer maior dinâmica e motivação para a tarefa, ou, se isso não for mais possível (pois a tarefa é mais desmotivadora que o futuro benefício percebido), precisamos reconectar CONOSCO e redefinir o objetivo. Objetivo que seja importante o suficiente, com uma jornada para chegar lá que seja gratificante.

As vezes o objetivo é ganhar dinheiro, receber o salário para pagar as contas. E tudo bem. Isso pode ser o objetivo e motivação, as vezes é a minha, não deixa de ter nobreza nisso. Se motivar não quer dizer largar tudo e ir viver seus sonhos, não. Se motivar é apenas se certificar do seu objetivo, se reconectar com ele, e com isso, fazer a tarefa com um mindset mais positivo. Curioso. Criativo. “Gamificado”. Com ambiente propício…

Montar a bike com hip hop e um mindset zen é mais divertido que mal humorado.

Uma reunião operacional é divertido com piadas e curiosidade de como otimizar aquilo.

Uma tarefa chata do trabalho é mais divertida feita num café, com um mindset que essa é a missão a ser realizada. Sem pensar se “deve” fazer. Vai fazer, e vai fazer da melhor forma, no melhor ambiente.

Ou seja, não existem tarefas chatas; você que não entrou no mood certo.

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Liberdade & Flow (e Felicidade?)

Distante e Conectado. Realizado.

Vivo em um constante debate sobre o objetivo da vida. Ao meu ver, muito está relacionado em se sentir preenchido, se sentir realizado — olhar para trás e abrir um discreto mas profundo sorriso. Se sentir momentaneamente sem obrigações mas, contraditoriamente, ao mesmo tempo completo e produtivo. Comecei a destrinchar como poderia ter, com constância, esses momentos de me sentir mais realizado e feliz. Descobri que muito estava relacionado o título da matéria.

Obs: relendo a matéria vejo que “liberdade” pode ser sempre trocado por “felicidade” neste texto.

Liberdade

Liberdade não é viajar incansavelmente, liberdade não é ter o dinheiro para fazer o que bem entender, liberdade não é poder mudar de profissão de um dia pro outro; liberdade é ter o poder para criar. É ter liberdade intelectual para utilizar todo o seu poder cognitivo, entrar em flow, e fazer algo que você nunca faria em estado simplesmente operacional. Flow te leva a um estado muito além — há centenas de anos seria considerado a intervenção divina.

Liberdade é ter consciência momentânea que o presente momento é o momento mais importante da sua vida, mas, espetacularmente, sem nenhuma obrigação ou cobrança própria por isso, o momento só é — você nem para para pensar na sua dimensão.

Não precisa de uma viagem, de fatores externos, de remédios cognitivos — precisa apenas da motivação momentânea exacerbada da cabeça. Do alinhamento das reais motivações com as características próprias e os objetivos sinceros do ser.

Flow

Flow é ter o ambiente fisico coordenado e organizado e a agenda livre para sua cabeça saber que ela pode esquecer o mundo e focar no aqui — neste problema — nesta possibilidade. Agora. Nenhum barulho importa, a agenda é uma palavra inexistente, as obrigações são absolvidas pelo seu senso de cobrança interna; não falta nada, sobra energia, a arte e a criatividade (seja ela qual for) vai saindo como o vapor da panela de pressão. Você está presente — você está fazendo o que importa — você está gerando valor — você está se elevando — você está indo além do seu potencial percebido. Isso é flow.

Tudo flui.

Flow, no meu caso, aqui, neste texto, é não ter a pausa para pensar o que vai fazer sentido no próximo parágrafo. A necessidade de reler o que foi escrito não é necessária para dar continuidade à narrativa — as palavras e as ideias vem sendo cuspidas da minha cabeça para minha mão que aguarda inquieta no teclado do computador.

Criatividade

Todos nós trabalhamos com criatividade; seja o matemático que precisa enxergar uma fórmula fora do senso comum, o programador que precisa achar uma solução diferente para um mesmo problema para simplificar a estrutura, o pintor que precisa pintar o teto mais alto, o atacante que da um drible que o zagueiro não esperava ou, no senso óbvio da palavra, o artista que quer registrar e eternizar um determinado momento ou conceito — através da fotografia, da pintura, do vídeo, do design, da escrita e por aí em diante.

E, é neste momento de arte, de pensar no novo, de questionar as verdades, que necessitamos da criatividade. E quando ela vem como tudo, quando solucionar essa charada é a coisa mais importante do mundo, quando a energia se centraliza, entramos em Flow.

Atingir flow diariamente, rotineiramente, é uma magia única. Hoje eu organizo toda minha rotina para possibilitar esse momento. E ao contrário da monotonicidade que a rotina pode denotar, a rotina com flow faz com que nenhum dia seja igual — todo dia o leva em uma expedição e evolução mental mágica.

Tão intenso. Tão Calmo. (Unsplash)

Como Entrar em Flow

Essa parte é 100% baseada em minha experiência. Pode ser que te ajude. Ou não.

Todos alcançam flow em um momento ou outro, porém com pouco controle e menor intensidade. O exercício que tento fazer é ser dono desse momento, é aumentar a intensidade, aumentar o tempo em estado alfa, tentar alinhar os gatilhos para entrar quando quiser (estando preparado).

Não pense que é algo que você pode chamar a qualquer momento — jamais. Primeiro você precisa entender quais são os seus gatilhos que te levam a entrar nesse estágio. O que não será fácil e irá requerer testes.

Inicialmente você vai conseguir entrar uma vez ou outra. Depois de um tempo você consegue entender melhor e hackear esses gatilhos para se tornar parcialmente dono desse momento. Porém não sente e espere ele acontecer, provavelmente vai ser ao contrário; sua mente vai necessitar cuspir da panela de pressão todos os pensamentos que estão explodindo sua cabeça. Esteja pronto para anotar.

Cabe dizer que ela só vem derivado de um trabalho criativo, só vem se você faz o que te motiva, só vem se você realmente quer ter uma resposta ou uma solução, só vem se você se da o espaço para ser.

Se você tentar entrar em flow para resolver um problema que não seja sincero das suas profundas e reais motivações, pode ter certeza que você não irá conseguir ou irá precisar de drogas que mexem com o sistema da dopamina (cocaína, excesso de café, ópio…) para achar que está em flow. E, mesmo assim não será igual pois você terá um senso distorcido da realidade. Também pode ter certeza que não adiantará muita coisa e irá atrelar um momento quase que mágico à um hábito ruim e insustentável.

Minha Experiência:

Inicialmente eu entrava neste estado com raridade, por diversos motivos:

  1. Não estava fazendo o que realmente me motivava.
  2. Precisava de estímulos externos para contribuir na transição de estadoscomo álcool ou café. (Jejum também ajuda.)
  3. Não tinha os desafios criativos-intelectuais para resolver.
  4. Tinha uma agenda muito cheia para me dar a liberdade de ser e criar.
  5. Os estímulos externos estavam errados.
  6. Eu não queria resolver um problema que era honestamente um problema sincero para mim.

Hoje consigo entrar nesse estado diariamente, mas pra isso foi necessário organizar toda a minha vida, rotina, obrigações, expectativas e hábitos para possibilitar ter esse momento onde 4 horas parecem 15 minutos.

Só para ter ideia, anteontem eu fui fazer bicicleta na academia e por acaso tive um insight <ps. não tão por acaso — temos a endorfina e a adrenalina que estimula os insights> sobre um texto e comecei a escrever no meu celular. Quando saí de flow achava que tinha pedalado uns 20 minutos e me surpreendeu quando vi 70 minutos na bicicleta — ao invés de 40 a 50 que normalmente faço — e com uma intensidade cardíaca superior ao que estou acostumado, sem nenhum esforço percebido.

Rotina de Flow

Hoje eu consegui rotinizar o meu flow. Eu descobri que preciso estar sozinho, calmo porém com bastante energia, focado e com um direcionamento macro da área do problema que quero imergir.

Faço de manhã pois além de ser mais fácil se tornar um hábito, também estou em jejum: estar em jejum contribuí para estimular o cérebro a procurar soluções mais ativamente. Antigamente quando a pessoa entrava em jejum provavelmente ele não tava seguindo uma dieta doida, então significava que o cérebro precisava entrar em atividade mais intensa para procurar uma solução (comida) e não morrer de fome. Para entrar no nível mais “hard core” de profundidade mental comecei a fazer a dieta cetogênica — onde ganho uns pontos percentuais a mais no poder cognitivo (ou pelo menos estou no efeito placebo). Vou falar mais a respeito em outro post.

Photo by Joel Filipe on Unsplash

Meu dia

Eu acordo cedo e vou direto para meu banho gelado. Este não só me ajuda a acordar (tento sempre dar uns pulos para optimizar a energização).

Depois medito- a meditação me ajuda dar um senso de propósito pois é um momento onde estou eu comigo mesmo. Onde eu tento acalmar toda a zona interna (e hoje, depois de praticar por um tempo, realmente está mais calmo por aqui). E aquele momento é o que me dará o mindset e calma para encarar o resto do dia. Para facilitar o processo de entrada em flow, as vezes tomo um café em jejum. Cabe dizer que o café faz com que você tenha a percepção de que o que você está fazendo parecer mais interessante pela dopamina, mas se você estiver querendo resolver um desafio que te motiva muito provavelmente você não vai precisar do café. Muito café irá distorcer a realidade.

Para ficar sozinho você não precisa se isolar — acorde mais cedo que todo mundo e vá para um espaço da casa que você goste. Então depois do café ou meditação vou para uma área do apartamento que não é onde normalmente faço o trabalho operacional, e lá começo a fazer um brainstorm sobre o desafio que quero evoluir ou solucionar. E, se funcionar, do “nada” estou completamente imerso nessa atividade, com muita clareza dos meus passos necessários para solucionar o desafio porém um cego total para o mundo externo.

Se eu tiver um compromisso ou uma obrigação para as próximas 2 ou 3 horas provavelmente eu não vou conseguir entrar em Flow pela preocupação. Por isso acordar cedo e marcar o primeiro compromisso para o mais tarde possível. Isto me ajudou muito, por isso hoje isso se tornou uma regra minha.

Comprometimento e Organização

Eu troco qualquer coisa, qualquer obrigação externa, qualquer reunião, qualquer objetivo da sociedade, qualquer reconhecimento externo, por esses momentos, imensuráveis, de flow.

Se seu “trabalho não te permite”, se seu trabalho não te leva a este nível de criação, o que você ainda está fazendo neste trabalho?

Isto é uma ciência concreta e nem sou o maior especialista no assunto. O que relato aqui é o que funciona comigo — pode ser bem diferente com você. Seus incentivos e modus-operandi podem e devem ser diferentes.

Aprendizado / Aprofundar

“Wow! Quero aprender mais!”

Fiquei um pouco séptico quando vi pessoas falando que existia essa possibilidade de se “iluminar” rs pela primeira vez, muito menos transformar isso em algo rotineiro. Então vou sugerir minhas leituras que me ajudaram a aprofundar no assunto:

Flow Genome Project

Os maiores especialistas no assunto!

Tem até um quiz pra te ajudar a encontrar seu perfil.

Jason Silva

Primeira vez que ouvi a respeito do assunto foi pelo Jason Silva, uma cara que respeito muito e amo o conteúdo que ele gera.

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Subindo, ilusoriamente, a escada corporativa.

Photo by chuttersnap on Unsplash

assamos grande parte da vida tentando optimizar todas as nossas ferramentas de produtividade na vida profissional: sistemas para melhorar utilizar email, aplicativos de produtividade, organização milimétrica da agenda, diminuição das reuniões, secretária para não fazer coisas menores, podcast em 2x a velocidade, café para acelerar, álcool para desacelerar e por aí em diante.

O mito do “Ansiedade faz parte, daqui a pouco eu chego lá (?) e relaxo”. Onde é lá?

Queremos subir a escada corporativa mais rapidamente. Queremos atingir aquela promoção mais rápido, queremos chegar no salário ideal de x mil reais. Queremos ser vistos de tal forma pela sociedade. Achamos que isso nos trará reconhecimento, felicidade e finalmente o senso de realização.

Mas não.

Não estamos em uma escada no caminho para o topo, estamos em uma esteira. Estamos correndo, correndo, correndo e não estamos saindo do lugar. Estamos aumentando a intensidade, aumentando a inclinação, exigindo mais de nós mesmos, atingindo pequenas marcas de sucesso externo, mas continuamos na mesma esteira, no mesmo lugar.

Estamos na Ferrari dando volta na mesma rotunda.

Estamos na roda gigante achando que a próxima vez no topo é onde queremos chegar.

Photo by Guillermo Latorre on Unsplash

Maximizamos nossa vida profissional achando que isso é a resposta pela satisfação da vida pessoal.

A vida vem se tornando cada vez mais uma perseguição por uma ilusão. A perseguição da cenoura inalcançável. Não, errei. O grande problema é que a cenoura é real — e muitos a alcançam — mas, na maioria esmagadora dos casos, não é um propósito verdadeiro e real. Não é um objetivo que trás a realização.

Não trás a felicidade.

Não trás o tão esperado senso de conquista.

Não trás o preenchimento.

Pode ser uma conquista na percepção da sociedade, mas provavelmente não será uma conquista do seu interior. Não será algo que você olhará para trás e falará “essa conquista me preenche”.

Photo by David Werbrouck on Unsplash

Ou, morbidamente falando (mas é um excelente exercício), pense no dia da sua morte; ninguém falará “Fulaninho foi uma pessoa muito boa, lembra daquela promoção que ele recebeu no trabalho? É!! Foi promovido em 3 meses e ganhou uma salário de Y!” — de jeito nenhum! Provavelmente falarão do valor que você gerou, dos relacionamentos que você teve, as pessoas que você ajudou, o amor que você cativou, a energia que você teve e a vida que você aproveitou. É um exercício um pouco pesado, mas por isso mesmo que pode ter um impacto significante em nossas vidas.

A promoção no trabalho, o aumento do salário, a conquista das metas impossíveis, tudo isso é legal. Mas na verdade tudo isso não representa nada — ela representa uma felicidade rasa, momentânea, que em seguida nos deixará atrás da próxima meta — sem nunca realmente valorizarmos o que fizemos. A próxima meta é sempre a mais importante e assim sucessivamente até a morte.

Deixa eu me explicar melhor; se essas promoções e conquistas monetárias estiverem alinhadas com nossa motivação, com nossa felicidade, então perfeito, tudo certo. É assim que deve ser. Porém, se acreditamos que estes objetivos nos trarão a felicidade ou satisfação em um momento futuro, que o sacrifício do hoje é em prol do amanhã, aí sim estamos desperdiçando nossas vidas.

Quando vamos parar para nos preencher com coisas que realmente preecham? Quando vamos ouvir nossos corpos falando que não aguentam mais o stress, a ansiedade, o burnout, o cansaço acumulado, a insatisfação e a falta de realização? Quando estiver deprimido?

Quando vamos entender quem realmente somos, quais são os nossos reais objetivos e qual é o nosso verdadeiro chamado de vida?

Nunca?

Photo by Escape Artiste on Unsplash

E não digo que os objetivos são ruins, ou que ganhar dinheiro e subir na vida é uma ilusão, jamais! Mas isso tudo é consequência de fazer o que você faz com qualidade, amor, dedicação e motivação. É desconstruir quem você acha que é para entender e construir quem você realmente é — indo atrás do que você realmente quer. Com energia, contribuindo para o mundo, impactando vidas de terceiros positivamente, se preenchendo, se motivando e, finalmente, sendo feliz no hoje.

Saia da ilusão.

Pense quem estabeleceu seus objetivos.

O objetivo que você está atrás é compatível com sua personalidade e reais motivações? Possivelmente você nem saiba sua real personalidade e motivações, talvez você seja o que a sociedade quis que você fosse.

Meu objetivo com esse projeto é trabalharmos para desconstruirmos quem achamos que somos para depois montarmos quem realmente somos.

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