Na minha viagem de Fevereiro tive a oportunidade de praticar um esporte um tanto quanto incomum, principalmente na vida dos brasileiros: o Snowkite. O esporte é uma mistura de Kiteboard com Snowboard. Ao invés de velejar no mar ou num lago, você veleja sobre a neve fofa com sua prancha de snowboard ou de ski. Outra grande diferença é a pipa. A grande maioria dos praticantes usa os “foil kites”, que oferecem maior praticidade, não precisam ser inflados e são mais resistentes no impacto com a neve. Uma galera nova está usando também o mesmo kite de verão para o esporte, o que parece ser a tendência para o futuro. Isso tudo para matar a fissura dos kiteboarders que tem seus lagos congelados no inverno.
Como sou apaixonado por kite e snowboard, não poderia perder a oportunidade de experimentar esta modalidade. O local escolhido foi Bernina Pass, uma região próxima a St. Mortiz na Suiça que conta com um lago dentro de um vale. Por sua posição geográfica, o vento é constante na região. Ele é afunilado pelas montanhas e entra com pressão no lago.
Com a ajuda de um professor local, montei meu equipamento e me preparei para velejar. Estava apreensivo já que não sabia o quanto o esporte se pareceria com o kiteboard. Tinha em mente que uma queda na neve com certeza seria pior do que uma queda na água.. Estava ansioso para começar. Levantei a pipa e sai deslizando pela neve. Que sensação! Em poucos minutos já estava convencido que este era meu novo esporte favorito. Depois de ganhar um pouco de experiência na area plana da região decidi tentar subir a montanha, igual aos praticantes mais experientes. Assim poderia dropar “a onda gigante” e simular um kitesurfe. Com algumas tentativas e orçadas consegui chegar no topo da montanha e descer como se estivesse surfando a minha onda imaginaria. Cada vez ficava mais encantado com o esporte. Além de poder surfar, andar de snowboard e velejar, ainda podia praticar as manobras aéreas do kite. Então pelo resto do dia fiquei intercalando entre manobras e “downhill”. A paixão pelo esporte foi tanta que só consegui parar depois de 6 horas, e só por causa do sol que acabou. A ENDORFINA tomou conta do resto do dia, me deixando completamente satisfeito.
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