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rafahansen

Interpretando e desmistificando o mundo (e nossa psique)

Minha disfunção

Sou triatleta amador de alta performance. Eu treino pelo menos 10 horas por semana, até 16 horas em semanas chaves dependendo da prova alvo. Algumas semanas faço muita intensidade, outras pouco.

Sou responsável por diversas empresas e seus respectivos projetos, estrutura, colaboradores, estratégia, decisões e subsequente resultados.

Faço a gestão financeira em alguns casos e em outros ajudo diversos parentes e amigos a investirem e gerirem capital.

Capto e estruturo investimentos no mercado de tecnologia e imobiliário.

Sou pai, marido, filho e tenho todas as tarefas que ter uma casa e familia exigem.

Tenho disfunção mitocondrial* diagnosticada repetitivamente e que invariavelmente retorna sempre o mesmo resultado:

Disfunção mitocondrial significativa.

Resultado do último exame em 2022 no laboratório da IGL Labor na Alemanha.

Poderia ficar me lamentando e pensando como minha vida seria diferente se não tivesse este. Porém eu faço do meu maior problema, a minha maior arma:

Eu aprendi, depois de muito sofrer tentando me comparar com os outros, que eu sou diferente. Tendo uma limitação grande de energia eu preciso sempre organizar minha vida de acordo com minhas prioridades.

Eu preciso dizer não. Eu preciso ter regras. Eu preciso conhecer minhas ações e meus hábitos e a subsequente resposta do corpo.
Eu preciso da estrutura do dia e do desenvolvimento contínuo do autoconhecimento.

Comer mal me faz mais mal que o normal.
Dormir pouco me faz mais mal que o normal.
Stress demasiado me faz mais mal que o normal.

E daí vem meu super poder: saber muito bem como as coisas me impactam. Saber meus gatilhos. Testar ações e entender na pele as reações. O triathlon e stress profissional só levam isso ainda mais ao extremo.

Precisei aprender que eu vou render mais profissionalmente e mentalmente se me movimentar mais (vou forçar as mitocôndrias a trabalharem).

Precisei aprender que preciso intercalar com maestria os períodos de stress, recuperação e subsequente evolução; a única forma de crescimento sem burnout.

Mas é assim, com todo o cuidado, respeito e humildade (sabendo das minhas limitações), que eu metodicamente escolho, analiso cada detalhe, evoluo, fracasso, estudo novamente e “de repente” supero meus desafios. Estando pronto para abrir a próxima página da minha jornada, sem medo, sem limitações auto-impostas. Com muita consciência, disciplina e humildade para entrar em uma area nova e me permitir ser o pior.

Jamais refém do sucesso.

É difícil conseguir e me permitir sair do topo, da zona de conforto, do sucesso, e ir para o fundo em outra area. Para novamente me deixar metodicamente observar, ser curioso, absorver, apanhar e.. “de repente”, sem estardalhaço, despontar. Até me tornar excepcional.

Fiz esse ciclo diversas vezes na minha carreira profissional e pessoal e pretendo continuar o ciclo até deixar de ser uma criança curiosa e que ama a curva de aprendizado até o achatamento da curva – onde, a partir deste ponto, o custo do investimento (alocação do tempo, escasso) começa a não compensar a progressão (cada vez menor).

Claro que eu ainda erro, me frustro, me irrito [muito], me lamento das minhas limitações – das minha imperfeições. Mas, nos momento de clareza, eu entendo. E entendendo, eu procuro evoluir. Nem sempre na diagonal indo pra cima e pra direita, mas, com a volatilidade natural de qualquer ser humano, buscando sempre o ponto do limite superior na direita do gráfico.

Embarque comigo na trilha pelo conhecimento, deixe seu email.

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