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rafahansen

Interpretando e desmistificando o mundo (e nossa psique)

Objetivos de curto prazo [concreto] e longo prazo [abstrato]. e a capacidade de não ter nenhum.

Pensamento rápido:

A vida muitas vezes ganha mais cores e maior motivação quando temos um objetivos em frente.

Um objetivo que não seja muito fácil nem impossível – apenas o suficiente que nos desafie, exija evolução em diversas áreas para chegar lá e que nos permita passar bastante tempo focado até a sua realização.

Porém, olhando para minha vida, vejo que não é tão simples assim manter essa motivação para objetivos de longo prazo. Isto pois aos poucos vamos nos desconectando com a visão da realização do objetivo e vamos nos reconectando com a realidade da vida- do nosso dia a dia.

Se o objetivo está muito distante, e não sentimos um senso de progresso, vamos perdendo a motivação para tentar chegar lá. Aos poucos ele vai deixando de ser o FOCO e passa a ser cada dia mais apenas o plano de fundo. Até o momento onde aquilo é esquecido ou não importa mais pra você.

Isso é ainda mais verdade quando estes objetivos são “abstratos”;

No meu caso por exemplo, desejo ter um futuro de liberdade, autonomia, saúde, paz interna e muitas experiências e vivências – aliados a capacidade de ficar ou resgatar um estado mental tranquilo quando necessário. Sempre buscando mais para o futuro mas me sentindo completo e satisfeito no hoje.

Portanto os objetivos de longo prazo são importantes, mas apenas como um balizador para entender onde você quer chegar no “amanhã”. E é crucial ter este, porém este por si só pode não ser o suficiente para realmente chegar lá.

Como estratégia para aumentar as chances de em algum momento estar vivendo dentro do seu objetivo de longo prazo, gosto de aliar estes a objetivos menores, de curto prazo, mais mensurável e com o máximo de feedback de curto-médio prazo.

Neste ponto que tento incluir objetivos como treinar para uma prova de triatlo de longa distância. Isso não só me faz ter feedback instantâneo depois de cada treino <…>

<…> como ele também está muito alinhado com meus objetivos macros. Ao treinar, eu estou 100% focado na saúde – me alimentando melhor, bebendo menos, alongando, recuperando o corpo, meditando – além de estar estudando muito sobre o assunto (foco e flow), produzindo conteúdo (tipo esse insight), vivendo experiências (tipo pedalar 1000km pela California em 2 meses de treino) e por aí em diante.

Sem contar com o fato que isso acaba me ajudando profissionalmente pois em vez de ficar horas com a cabeça alerta navegando de aba em aba / email em email, eu consigo, nos treinos longos de baixa intensidade, aprofundar com total curiosidade e calma nos meus pensamentos, estratégias de negócios e refletir sobre minha visão de futuro. Muitas vezes já peguei pensamentos falhos nas decisões passadas ou que estava prestes a fazer ao simplesmente me dar esse tempo de reflexão.

  • Grande parte do meu treino é pensando nessas ideias e intercalando com audiobooks ou podcasts. E as vezes quero simplesmente ouvir minha música e focar apenas no asfalto na minha frente – e tudo bem – faz parte – faz bem. Equilibrio.

Portanto um único objetivo, aparentemente raso e banal, foi se transformando (por sistema e por acaso) em um grande reflexo de curto prazo, concreto, dos meus objetivos abstratos de longo prazo.

Mas, concluindo a metáfora de focar no asfalto a frente, as vezes o que precisamos é apenas de desconectar de tudo. Não ter uma obrigação de fazer– de atingir tais objetivos – as vezes precisamos resgatar o equilíbrio do nosso yin e yang para apenas focar no presente, no ser. –

De estar bem com quem nós somos agora – sem depender de um avanço futuro. É conseguir reparar a natureza e o asfalto na bicicleta sem se preocupar com o tempo ou a necessidade de consumir conteúdo. É tentar maximizar menos o tempo para minimizar os fatores que nos tiram a atenção do agora.

E isso pode ser um curto período, digamos de 2 horas durante um pedal, 5 minutos durante o dia de trabalho, ou até mesmo alguns meses ou anos quando estamos precisando pensar e recolocar os itens das nossas vidas no lugar (um pouco do momento que vivo hoje; tentando realinhar meus objetivos e modus operandi de como se viver).

Quando puxamos muito para um lado e precisamos resgatar a essência do outro; reencontrar com a linha do equilíbrio.

É buscar o seu total potencial em um momento e em seguida relaxar, sem procurar pontos que precisam de evolução (autocrítica) e valorizando aqueles que já desenvolvemos ou simplesmente quem somos (auto-compaixão).

input rápido – sem edição – desculpe qualquer erro.

Lembrando; qualquer feedback envie para me@rafahansen.com

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