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rafahansen

Interpretando e desmistificando o mundo (e nossa psique)

Propósito. Triathlon. Disciplina. Uma vida de significado.

No triathlon eu vejo como o esporte tem tido a capacidade de definir de forma concreta meu “potencial” – onde na maioria das vezes, o “potencial” é apenas algo abstrato. É uma area onde aplico tudo aquilo que aprendi de disciplina, comprometimento, estudos focados e com profundidade, perseverança, até o limite da obsessão, e tenho resultados concretos com a minha evolução nos treinos e posição nas provas. E essa dor, sacrifício e disciplina para treinar mesmo quando a fadiga é enorme, quando o mal humor bate com tudo, de seguir em diante atrás do objetivo e do comprometido e, depois do vale, ser remunerado com a evolução pessoal e conquistas, é algo mágico.

É clichê, porém vejo na veia como quanto maior a pedra que se carrega, maior a realização ao conquistar seu objetivo.

E não só o triathlon vem definindo quem eu sou, do que sou capaz, como também ele trouxe diversas pessoas para dentro desse sonho. Para dentro dessa jornada de disciplina, comprometimento, e as pequenas vitórias que, quando menos se espera, ao se somarem se tornam grandes vitórias. Meus amigos e parentes que também vem vivendo essa história, com alguns até entrando para o esporte, outros aplicando esse modo de viver em outras areas da vida, como também, e principalmente, para a Thais, que me da o suporte e participa na preparação e na prova tanto quanto eu, e para a Maya, para eu mostrar o caminho do que é possível na sua vida. Vida única, cheia de potencial, possibilidades, linda, porém que nunca irá entregar algo de significância sem você ir atrás.

É me sentir tendo um impacto positivo na vida dos outros, que amo, fazendo o que amo. O que mais posso querer?


Então eu faço isso por mim, para provar meu melhor, para atingir meu potencial, para tentar encontrar o ponto onde irei fraquejar – e depois tentar superá-lo, mas também pela Thais, para vermos como família, nas vitórias, nas viagens, nas derrotas, como os sacrifícios se justificam e trazem um propósito para a familia. E claro, pela Maya, não só para ela ter orgulho do pai e ter essa referência positiva em sua vida, como também para ela entender que tudo é possível. Que somos uma familia de vencedores e que ela pode almejar o que quiser. E ela irá sempre saber que nada vem de graça – mas que com a batalha, a perseverança e a disciplina, tudo é possível. E que as realizações trazem sentido às montanhas russas da vida. Pelo jeito disciplinado e metódico que ela tem, isso já é uma verdade enraizada no seu sangue – é sua personalidade – agora é aprender a direcionar este para isso se tornar sua arma e não sua “cruz”.

Que ela aprenda que podemos escolher a jornada mais difícil mas isso não significa que estaremos sacrificando o hoje em prol do amanhã – a vida é hoje – podemos, devemos montar o dia para ir atrás do objetivo do amanhã com sacrifícios que inevitavelmente serão necessários, sim, porém com a busca pelas pequenas vitórias no dia a dia, com os momento de descontração e leviandade. Espaço na rotina para não ter rotina, não ter pressa, não ter compromisso.

Portanto cada vitória ilustra para quem me acompanha essa filosofia de vida de que tudo é possível. Que devemos sim ir atrás do nosso potencial, da nossa melhor versão, e que esta jornada é árdua mas é única forma de termos realização de vida duradoura. O objetivo de felicidade é vazio, raso e momentâneo – ele não se torna parte de quem nós somos (não precisa ser evitada, claro. é consequência natural e sempre bem vinda. como um checkpoint de uma vida bem vivida). As realizações dos desafios mais árduos, por sua vez, define quem somos e onde conseguimos chegar. Nos da a crença e confiança de que nenhum objetivo é impossível, nenhum desafio é insuperável. Pelo contrário, quanto maior o desafio ou objetivo, melhor o gostinho de se organizar, se preparar e ir atrás.

É olhar para frente e ver que nenhuma montanha é alta demais. De olhar para o objetivo que você ouve os outros dizerem ser “impossível” e deixar um pequeno sorriso do lado da boca, sem querer, aparecer.
É olhar para trás e curtir a vista do topo, com vontade de se dar um tapinha nas costas, com a sensação única de real e total preenchimento ao ver a trilha que você enfrentou e a vista que agora só você pode aproveitar.
É usar essa força do passado e do futuro para acordar no hoje e continuar a caminhar com motivação até, e principalmente, nos momentos de maior dificuldade e fadiga mental e física.

Portanto este é meu propósito. Viver isso e passar essa mensagem para quem quiser ouvir através das minhas ações. É possível. É gratificante. É o melhor caminho.

—- Escrevi esse post (que era apenas uma reflexão particular) “provocado” pelo livro Peak Performance. Onde os autores provam que ter um propósito claro para o que você faz, que transcenda seu “eu”, pode ser “tão importante quanto a hidratação em uma prova”. Com tantas pessoas buscando drogas e dopping para aumentar a performance, as vezes o ganho de produtividade na vida profissional e de atleta pode, e deve, ser bem mais natural. Buscando soluções na autenticidades e transcedência do ser.

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